"Se as pessoas são boas só porque temem a punição, e esperam a recompensa, então nós somos mesmos uns pobres coitados." (Albert Eisntein)
quinta-feira, 29 de setembro de 2011
Se Deus não existe por que ser bom?
quinta-feira, 11 de agosto de 2011
Escrita de livre associação
Anderson Silva nocauteando Vitor Belfort no UFC.
Ultimamente tenho estado muito puto. Parece que uma nuvem negra resolveu pousar sobre nossas cabeças. Não sou mais religioso, não tenho mais explicações espirituais para meus infortúnios. Deixei a superstição para trás. Sou realista.
Certa dor me persegue. Está me sufocando, tirando-me o ar, derramando lágrimas dos meus olhos, fazendo meu coração ter medo de coisas que eu nem sei ao certo o que são. Estou muito puto. Doi.
Cansei de escutar desaforos, cansei de me oprimir, de baixar a orelha para tudo. Foda-se. Não adianta temer. O jeito é encarar. Deus não existe, não para mim. Ninguém poderá me ajudar, a não ser eu mesmo. O corpo dói, a alma está angustiada. Irei superar, irei gozar de novo. Serei frio. Serei racional. Não adianta colocar o coração à frente das coisas.
Meu demônio é você meu pai. A análise esta me apontando caminhos, propondo questões. Devo tirar você desse altar maldito em que eu confortavelmente o coloquei. Só eu sei como dói dizer isso e não o faço sem lágrimas que me ofuscam a visão e tenha certeza, essa é minha maior dor.
Cansei de ser abusado, oprimido e menosprezado. E to cansado também de esperar por alguém que me salve dessa merda toda. Ainda estou vivo. Se algo me mantém vivo é a esperança de que em algum momento futuro eu possa dizer que todo o sofrimento passado foi recompensado de alguma forma. Talvez eu esteja em dívida comigo mesmo.
A minha loucura é suportar o dia-a-dia. Foda-se se existam outra que sofram mais do que eu. Se um garoto da favela tropeça em corpos baleados no caminho à escola eu já me deparei com o corpo do meu pai estendido no chão do banheiro pedindo ajuda e chorando feito uma criança indefesa.Foda-se que aja crianças morrendo de fome na África; a minha fome é de paz e talvez ela nunca seja saciada. E daí que existam mutilados de guerra; a minha ferida continua aberta e todo dia ela dói um pouco, e às vezes sinto estar realmente enlouquecendo devido a ela.
Se eu morrer em um futuro próximo, por favor, não me esqueçam, afinal, ser esquecido é pior do que estar morto. Não esqueçam que eu existi, que eu suportei muitos sofrimentos, sobrevivi a duros golpes. Não que isso seja uma maldita carta de despedida de um suicida, mas que seja algo que toque alguém de alguma forma, e mesmo morto, esteja eu onde estiver, ficarei mais feliz.
Durante muito tempo eu permaneci calado. Sentia-me barrado, inferior aos demais. Subestimei minhas capacidades. Afinal, depois eu descobri que não me faltava capacidade, mas confiança.
Não vou deixar ninguém foder com minha vida. Não cometerei suicídio, não darei esse gostinho aos meus inimigos. ''E tem o seguinte, meus senhores: não vamos enlouquecer, nem nos matar, nem desistir. Pelo contrário: vamos ficar ótimos e incomodar bastante ainda.” Preciso esclarecer uma coisa. Não que eu tenha desafetos explicitamente declarados, mas a frase é boa e achei conveniente citá-la. Viu o que acabei de fazer? Sou piegas às vezes, pedante eu diria, (salve o Google nessas horas de palavras desconhecidas) , cito meus autores favoritos, os pensadores que admiro. E tem gente que não gosta, acha que é inautenticidade ficar citando frases de outros. FODA-SE!!! Sou assim, eles gostando ou não. É melhor saborear uma frase inteligente do que se dedicar a amar uma mulher.
Sim, eu já cai muitas vezes, metaforicamente e literalmente. Assim eu fui me constituindo, fui sendo forjando a custa de angústia e medo.
Das lutas que ganhei
Nenhum troféu pra casa eu levei
Das brigas que perdi
Essas sim, eu nunca esqueci, nunca esqueci.
Eu sou um puto. Um filho da mãe, desgraçado. Fico esperando amor e só recebo cuspe na cara.Namoro de merda, já começou errada, minha maldita carência. Chega de esperar as coisas entrarem nos eixos, não vai entrar nada. Agora o que interesse é o caos. Me deleitar com a perversão, anarquia, subversão dos valores e princípios. Re-volução a todo custo.
Maldita mania de querer consertar tudo. Por que pareço enlouquecer quando me sinto fora do controle da situação? Elogio à loucura. Culto ao caos. A desordem é a única certeza. Só a mudança é permanente. Vivendo em busca de dias melhores que nunca chegam. Só quero me sentir bem.
Os meus sonhos são outra coisa que me mantém firme na trajetória. Eu não realizei todos os meus sonhos, e tenho certeza de que quando realizados surgiram outros mais. Ainda quero seduzir uma mulher, leva-la pra cama e fode-la ao som de seus gemidos leprosos. Quero dirigir um carro potente ouvindo o bom e velho rockenroll do Led e do Pear Jam, o som que ainda consegue me emocionar e colocar sentido na minha dor. Tudo isso pode nem acontecer. Você poderá morrer num futuro breve e não gozar desses prazeres, então, trate de ser feliz agora, pra não se dar mal depois. O diabo deve estar sorrindo agora, e deus frustrado por ver seu filho nessas condições. Mas não, eles não existem, nem deus nem lúcifer, foram todos criados por nós, homens ociosos com o intuito de contar histórias para criancinhas e nos deliciar com suas carinhas de medo e espanto.
Página virada, outra se mostra virgem e nova à minha frente. O sonho de acelerar fundo um V8, ouvindo Led no talo. Quero ver o sol se pôr numa bela praia. Aprender a solar na guitarra elétrica. Quero saldar a dívida e me vingar do meu passado maldito. Quero transcender de uma forma ou de outra. Não é fácil sustentar um desejo. E isso é intransferível.
Não se trata de ter uma conta bancária de seis dígitos. Pseudo status social. Reconhecimento de interesseiros e sangue-sugas. Aplausos de estranhos. “Não sei o que quero, só sei do que não gosto”. Casamento de fachada, um amor de merda, fútil, estéril e infértil. Mulher opressora, fálica, sabotadora do sucesso alheio. Vá se ferrar!
Quero que meu filho tenha uma mãe digna, que tenha orgulho de mim e que eu seja bom pra ele.
Quero ter um pitbull. A força e a agressividade que eu não tenho, apesar de ser tão necessária às vezes. Sim, eu tenho muitos defeitos, dizia ela, mas o simples fato de você reconhecê-los, não lhe tira a responsabilidade sobre eles.
Já não estou mais tão puto.
Fábio Silva.
quinta-feira, 7 de julho de 2011
O contrário também é verdade
"O gosto do prazer só é identificável se já sentimos o gosto da dor, que corresponde à vivência da experiência oposta do que nos provocou prazer. O contrário também é verdade. Exemplo: se eu não odiar as pessoas, não poderei amar ninguém; se eu não for odiado por algumas pessoas, não poderei ser amado por ninguém. Ou ainda, em outra instância: se eu não trabalhei, sofrendo e me frustrando em coisas contrárias à minha vocação, não poderei avaliar a totalidade do prazer que significa poder criar e produzir de acordo com meus potenciais humanos originais."
Roberto Freire
terça-feira, 22 de março de 2011
Escuta essa
Crise de meia idade deve ser um negócio complicado. O sujeito que completa sua primeira metade de século, se ve confrontado com a morte, através do irmão que luta contra um câncer na garganta. Irmão aquele que foi amaldiçoado anos atrás por esse mesmo sujeito de meia idade. Remorso.Se ve confrontado com a finitude da vida, a brevidade da própria existência, ve que ter acumulado bens materias em detrimento de boas relações com aqueles do mesmo sangue não foi a melhor coisa a se fazer. Agora o sujeito tem que se haver com a angústia. Angústia essa que aperta o peito, doi no coração, e doi pra valer. Aquele cara que se faz de durão sempre se encontra com os olhos em lágrimas, falando manso, suave, quase nao se ouve sua voz, está debilitada, assim como seu espírito, confrotado com as verdades desse mundo. Ele chora na frente do seu filho, não é fácil demonstrar fraqueza diante do seu descendente, é no mínimo embaraçoso, mas ele está sob o efeito do álcool, maldito álcool. Mundo, maldito mundo, o que ele fez com você? A vida continua, se entregar é uma bobagem. É preciso se reinventar sempre. Reiventar. Outro caminho. Outra postura. Ressignificar o passado. Afinal,
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
Eu e as palavras
Escolho meus amigos não pela pele ou outro arquétipo qualquer, mas pela pupila. Tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde foi um dramaturgo, escritor e poeta irlandês. Expoente da literatura inglesa durante o período vitoriano, sofreu enormes problemas por sua condição homossexual, sendo preso e humilhado perante a sociedade.
A mim não interessam os bons de espírito nem os maus de hábitos. Fico com aqueles que fazem de mim louco e santo. Deles não quero resposta, quero meu avesso. Que me tragam dúvidas e angústias e agüentem o que há de pior em mim.
Para isso, só sendo louco! Quero os santos, para que não duvidem das diferenças e peçam perdão pelas injustiças.
Escolho meus amigos pela alma lavada e pela cara exposta. Não quero só o ombro e o colo, quero também sua maior alegria. Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto. Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade. Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.
Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça. Não quero amigos adultos nem chatos. Quero-os metade infância e outra metade velhice! Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto; e velhos, para que nunca tenham pressa. Tenho amigos para saber quem eu sou. Pois ao vê-los loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a "normalidade" é uma ilusão imbecil e estéril.
Oscar Wilde
Oscar Wilde foi um dramaturgo, escritor e poeta irlandês. Expoente da literatura inglesa durante o período vitoriano, sofreu enormes problemas por sua condição homossexual, sendo preso e humilhado perante a sociedade.
domingo, 30 de janeiro de 2011
Vontade luminosa II
Era só o que me faltava, uma alucinação, um pivete me dizendo que veio do futuro, e que tem algo a me dizer. Que porra é essa?!Depois de tanta coisa que eu passei, vou terminar a merda da minha vida num daqueles (depósitos de malucos) manicômios sórdidos e fedorentos? Vá-lá, o que veio fazer aqui, seja você quem for e venha de onde vier! Nosso grande homem pega nos braços do garoto, olha no fundo de seus olhos, o garoto parece sorrir, está calmo, sereno, ao contrário do andarilho, que se encontra irritadiço. Pois bem, ponho-me a cumprir minha missão, preciso lhe dizer sobre o futuro, e também sobre o passado. Por favor, me solte, vamos da uma volta, será mais fácil pra mim se caminharmos lado a lado, assim fugirei do seu olhar, ele me fustiga, intimida, dói. O nosso homem não pega o seu saco, apenas se levanta e põe-se a caminhar ao lado do garoto, esqueci de descrever nosso herói como um ser alto e magro embora lhe restasse alguns feixes de músculos pelo corpo, afinal ele trabalhou duro durante toda a vida. Pois bem, você deve estar se perguntado várias coisas a me respeito, mas de antemão lhe previno que isso não é importante, por hora essas são suas menores preocupações. Não se importe se eu sou ou não real, se venho daqui ou da li, como tudo na sua vida, o sempre caminhar dos fatos, o sempre acontecer das coisas na sua vida, eu sou algo que você não buscou, não procurou, não pediu aos deuses para que acontecesse, eu simplesmente surgi na sua frente, e agora você vai ter que ser ver comigo. Eu lembro como se fosse ontem dos acontecimentos de nossa infância, quando aquele miserável chegava bêbado em casa, com os olhos perdidos, punha-se a insultar, ofender, chingar, e esculachar de todas as formas você, sua mãe e seu irmão. Ah meu garoto, eu me lembro como se fosse ontem, afinal, a cicatriz ainda persiste em doer, eu ainda ouço aqueles gritos miseráveis, ressoando na minha cabeça, fazendo nossas mãos tremerem debaixo desse céu amargo. Foda-se, você sabe disso melhor do que eu. Oh, por quais caminhos você seguiu, por que ruas você se embrenhou, quantas pessoas passaram em sua vida, lhe emocionando, lhe trazendo boas novas, trazendo esperança, mesmo não acreditando mais em um deus onipresente e onipotente, eu me lembro dessa época também, a nossa renúncia ao todo-poderoso, hahahahha, cuspindo na face sagrada de deus, como fomos ousados, nos aliamos às más companhias e aos bons livros, foi reconfortante, como foi. Detenho-me a falar das pessoas que passaram na nossa vida. Antes de continuar, quero lhe esclarecer sobre esse meu modo de falar, sempre em terceira pessoa, sempre falo "nós" quando me refiro a acontecimentos de sua vida. Todavia, meu discurso se configura desta maneira pois eu também estava lá com você, embora você não me visse, eu estava presente, em tudo que acontecia com você. Não eu não sou um miserável anjo da guarda - o garoto cospe ao chão com um ar de asco - por favor, sem falsa demagogia, sempre soubemos que isso era baboseira, crer na existência de um ser angelical, que tem a miserável missão de nos melhorar a sorte e nos proteger dos inevitáveis males da vida, que merda, eu não quero um função dessa pra minha vida, se por um acaso eu nascesse um anjo, iria foder todas as querubinhas do paraíso - longa risada sarcástica. Não, eu não era nada dessa baboseira, eu era o quê afinal? Não se apresse em encontrar respostas, afinal, sua vida inteira foi um culto à dúvida, ao talvez, ao "e si", mais importante era fazer as perguntas, e não se apressar com as respostas. Estou falando demasiadamente não é mesmo? estás irritado, estou vendo pelos seus olhos, sempre decifrei tão bem seu olhar, sou tão íntimo das suas emoções. O homem interrompe o discurso do garoto, o fedelho estava errado, aquela conversa toda estava agradando nosso homem. Com um ar de desdenho e descrença o homem proferiu as seguintes palavras. Então quer dizer que você estava comigo o tempo todo e não era meu famigerado anjo da guarda? Interessante. Que merda é você então?
Continua...
domingo, 16 de janeiro de 2011
Vontade luminosa
Sinto que tenho como função, o interrogar da realidade, ser crítico, provocativo e refletir sobre o que me rodeia.
"Aquela é uma praça muito movimentada, daquela grande metrópole, pesquisas apontam que por dia passam por ali milhares de pessoas, dos mais diversos naipes, vestidas das mais diversas formas - gravatas, maletas, bolsas, cachecóis, vestidos, langeries, sapatos, etc,etc. Existem várias árvores, arbustos, bancos, lixeiras, no centro uma fonte luminosa, que há tempos está desativada pelo descaso e desatenção das autoridades competentes. Com tantas pessoas que passam por ali, há somente uma que não apenas está ali de passagem, há uma criatura de tem a praça como sua morada, o céu é o seu teto, tem como testemunha de sua miséria as árvores e os animais que ali residem. Tem a pele negra, não se sabe se é pela raça ou pelo acúmulo de sujeira e a escassez de uma higiene adequada, por isso, cheira mal, exala um odor fédito, tem as mãos repletas de escaras, as unhas enormes, quebradas em alguns pontos, terra em baixo. Os cabelos encabrunhados, amarrado por um saco plástico. Estamos em junho, faz frio, muito frio. Aquela criatura tem hábito nômade, não fixou residência em nenhum ponto da cidade, só elegeu aquela praça como seu local de repouso, nem que seja por um breve tempo. Às vezes, ele sai a caminhar, roda por toda cidade, do centro à periferia, anda no meio da rua, atrapalhando o tráfego, anda pela calçada esporadicamente, infectando o ar com seu cheiro desagradável, algumas pessoas tapam o nariz, franzem o cenho, fazem cara de repugnância. Ele não se importa, ao contrário daquelas pessoas, ele nao se sente incomodado, muito menos insultado, aliás, aquelas madames sim, elas parecem se insultar com a presença de um ser tão miserável e fedorento, ali, presente no meio da sociedade, infeiando, estragando o bem correr das coisas. Quando a caminhada é demasiada longa, ela para por um instante, tira das costas aquela saco de lixo que lhe serve com mala, para carregar algumas coisas, ninguém sabe o que ele traz lá dentro, é insignificante. Nesse momento ele parou à porta de uma botique, está anoitecendo, faz frio, venta forte, parece o presságio de uma tempestade. A dona da loja vem ao seu encontro. Ei, ei mendigo, saia fora, ande, vá embora, não vê que está espantando minha clientela, ande logo, ou irei chamar a polícia! Ela lhe joga algumas moedas, ele mantem sua postura, esta sentado, olhando fixamente em direção à praça, ele se quer olha pra mulher, se levanta, pega o saco, coloca às costas, e se encaminha em direçao à praça. Uma chuva torrencial desaba sob os traseuntes da praça, muitos correm em direçao aos seus carros, outros cobrem as cabeças, principalmente as mulheres, afinal, o cabelo deu tanto trabalho pra ser arrumado, e uma chuvinha nao irá colocar tudo a perder. Nosso herói caminhada devagar, a chuva é forte, o vento balança as copas das árvores, ele vai olhando pras árvores, imaginando coisas, pensando outras, está sozinho, nem um cão lhe serve como companhia, tanto tempo esculachado por aqueles de sua própria espécie, ele nao quis se aliar a nenhuma outra espécie animal. A chuva começa a cessar, é noite, as luzes começam a ascender, a praça está toda iluminada agora, ainda escorre a enxurrada, ele procura um banco pra se sentar, tem os pés descalços, como tem os pés grossos, dedos grandes, afinal, há muito tempo que ele mora na rua, e nao tem sapatos. Tem fome, nada pra comer, daqui a pouco começara a missa, e sempre tem algum carrinho de pipoca e cachorro-quente, alguns vendedores são de algum modo filantropos, que ama os homens e se ocupa em melhorar-lhes a sorte, e vez ou outra lhe oferece um lanche, aquele homem nao ousa pedirl, apenas se aproxima da barraquinha, e fica olhando as pessoas que se aproximam para comprar, alguns são pais satisfazendo a vontade se seus filhos, quando a vil criatura se aproxima esses pais tratam de pagar logo o vendedor e se afastar daquele ser repugnante, que parece oferecer perigo, afinal, nao se pode confiar em uma pessoa pessimamente festida, com o corpo imundo, e que traz a tira colo um saco de lixo como bagagem. O vendedor tambem com o intuito de afastar o intruso lhe dá um lanche, o homem pega, nada diz, se afasta. Ele vai se sentar em algum banco da praça, coloca o saco ao seu lado, e começa a comer. Uma criança se aproxima, o homem nao ve nenhum adulto por perto, a criança apareceu de repente, ele nem notou por onde ela surgiu, é um menino, ostenta ter uns oito anos, está muito bem vestido, tem roupas novas, as bochechas coradas, parece sadio, repleto vitalidade. O homem está a matar sua fome, o garoto o observa, assim ficam por alguns minutos, um observando o outro, sem nada dizerem, ate que nosso heroi se aborrece. "Ei garoto, cade sua mae?" O garoto nada responde, o homem da mais uma olhada em volta do banco e so ve pessoas ao longe, nenhuma mae ou pai procurando seu filho perdido. Ele engole o ultimo pedaço do pao, e pergunta mais uma vez ao garoto. "O que voce quer? Está perdido? Quer que eu lhe ajude a encotrar sua mae?" A criança apenas olha pra ele, tem um sorriso esboçado nos lábios, a cabeça levemente inclinada, braços entendidos rente ao corpo. Após um longo tempo em silencio contemplativo, o garoto esboça alguma reaçao. "Eu vim de longe, muito longe". O homem se espanta, afinal, ele fala, pensou ele. "Que bom que eu encontrei voce!" balbucia o jovem. " Nosso mártir esta espantado, curioso e irritado. "Afinal o que quer esse miseravel, por que vem me tirar o sossego, estava tao bem antes dele chegar." O menino se aproxima mais um pouco, pega na mao do homem, olha fixamente pra mao dele, em seguida fita seus olhos, seu olhar parece hipnotizador, o homem nada consegue falar, parece extasiado. "Eu vim do passado, nao me pergunte como, posso ter vindo na famigerada máquina do tempo, num foguete intergalaxico, ou ser simplesmente fruto da sua imaginaçao, um delirio, uma alucinaçao da sua debilitada mente, posso ser fruto de seu desarranjo de ideias, nao importa, o que interessa é o que tenho pra lhe dizer."
Continua...
Por Fabio Silva
"Aquela é uma praça muito movimentada, daquela grande metrópole, pesquisas apontam que por dia passam por ali milhares de pessoas, dos mais diversos naipes, vestidas das mais diversas formas - gravatas, maletas, bolsas, cachecóis, vestidos, langeries, sapatos, etc,etc. Existem várias árvores, arbustos, bancos, lixeiras, no centro uma fonte luminosa, que há tempos está desativada pelo descaso e desatenção das autoridades competentes. Com tantas pessoas que passam por ali, há somente uma que não apenas está ali de passagem, há uma criatura de tem a praça como sua morada, o céu é o seu teto, tem como testemunha de sua miséria as árvores e os animais que ali residem. Tem a pele negra, não se sabe se é pela raça ou pelo acúmulo de sujeira e a escassez de uma higiene adequada, por isso, cheira mal, exala um odor fédito, tem as mãos repletas de escaras, as unhas enormes, quebradas em alguns pontos, terra em baixo. Os cabelos encabrunhados, amarrado por um saco plástico. Estamos em junho, faz frio, muito frio. Aquela criatura tem hábito nômade, não fixou residência em nenhum ponto da cidade, só elegeu aquela praça como seu local de repouso, nem que seja por um breve tempo. Às vezes, ele sai a caminhar, roda por toda cidade, do centro à periferia, anda no meio da rua, atrapalhando o tráfego, anda pela calçada esporadicamente, infectando o ar com seu cheiro desagradável, algumas pessoas tapam o nariz, franzem o cenho, fazem cara de repugnância. Ele não se importa, ao contrário daquelas pessoas, ele nao se sente incomodado, muito menos insultado, aliás, aquelas madames sim, elas parecem se insultar com a presença de um ser tão miserável e fedorento, ali, presente no meio da sociedade, infeiando, estragando o bem correr das coisas. Quando a caminhada é demasiada longa, ela para por um instante, tira das costas aquela saco de lixo que lhe serve com mala, para carregar algumas coisas, ninguém sabe o que ele traz lá dentro, é insignificante. Nesse momento ele parou à porta de uma botique, está anoitecendo, faz frio, venta forte, parece o presságio de uma tempestade. A dona da loja vem ao seu encontro. Ei, ei mendigo, saia fora, ande, vá embora, não vê que está espantando minha clientela, ande logo, ou irei chamar a polícia! Ela lhe joga algumas moedas, ele mantem sua postura, esta sentado, olhando fixamente em direção à praça, ele se quer olha pra mulher, se levanta, pega o saco, coloca às costas, e se encaminha em direçao à praça. Uma chuva torrencial desaba sob os traseuntes da praça, muitos correm em direçao aos seus carros, outros cobrem as cabeças, principalmente as mulheres, afinal, o cabelo deu tanto trabalho pra ser arrumado, e uma chuvinha nao irá colocar tudo a perder. Nosso herói caminhada devagar, a chuva é forte, o vento balança as copas das árvores, ele vai olhando pras árvores, imaginando coisas, pensando outras, está sozinho, nem um cão lhe serve como companhia, tanto tempo esculachado por aqueles de sua própria espécie, ele nao quis se aliar a nenhuma outra espécie animal. A chuva começa a cessar, é noite, as luzes começam a ascender, a praça está toda iluminada agora, ainda escorre a enxurrada, ele procura um banco pra se sentar, tem os pés descalços, como tem os pés grossos, dedos grandes, afinal, há muito tempo que ele mora na rua, e nao tem sapatos. Tem fome, nada pra comer, daqui a pouco começara a missa, e sempre tem algum carrinho de pipoca e cachorro-quente, alguns vendedores são de algum modo filantropos, que ama os homens e se ocupa em melhorar-lhes a sorte, e vez ou outra lhe oferece um lanche, aquele homem nao ousa pedirl, apenas se aproxima da barraquinha, e fica olhando as pessoas que se aproximam para comprar, alguns são pais satisfazendo a vontade se seus filhos, quando a vil criatura se aproxima esses pais tratam de pagar logo o vendedor e se afastar daquele ser repugnante, que parece oferecer perigo, afinal, nao se pode confiar em uma pessoa pessimamente festida, com o corpo imundo, e que traz a tira colo um saco de lixo como bagagem. O vendedor tambem com o intuito de afastar o intruso lhe dá um lanche, o homem pega, nada diz, se afasta. Ele vai se sentar em algum banco da praça, coloca o saco ao seu lado, e começa a comer. Uma criança se aproxima, o homem nao ve nenhum adulto por perto, a criança apareceu de repente, ele nem notou por onde ela surgiu, é um menino, ostenta ter uns oito anos, está muito bem vestido, tem roupas novas, as bochechas coradas, parece sadio, repleto vitalidade. O homem está a matar sua fome, o garoto o observa, assim ficam por alguns minutos, um observando o outro, sem nada dizerem, ate que nosso heroi se aborrece. "Ei garoto, cade sua mae?" O garoto nada responde, o homem da mais uma olhada em volta do banco e so ve pessoas ao longe, nenhuma mae ou pai procurando seu filho perdido. Ele engole o ultimo pedaço do pao, e pergunta mais uma vez ao garoto. "O que voce quer? Está perdido? Quer que eu lhe ajude a encotrar sua mae?" A criança apenas olha pra ele, tem um sorriso esboçado nos lábios, a cabeça levemente inclinada, braços entendidos rente ao corpo. Após um longo tempo em silencio contemplativo, o garoto esboça alguma reaçao. "Eu vim de longe, muito longe". O homem se espanta, afinal, ele fala, pensou ele. "Que bom que eu encontrei voce!" balbucia o jovem. " Nosso mártir esta espantado, curioso e irritado. "Afinal o que quer esse miseravel, por que vem me tirar o sossego, estava tao bem antes dele chegar." O menino se aproxima mais um pouco, pega na mao do homem, olha fixamente pra mao dele, em seguida fita seus olhos, seu olhar parece hipnotizador, o homem nada consegue falar, parece extasiado. "Eu vim do passado, nao me pergunte como, posso ter vindo na famigerada máquina do tempo, num foguete intergalaxico, ou ser simplesmente fruto da sua imaginaçao, um delirio, uma alucinaçao da sua debilitada mente, posso ser fruto de seu desarranjo de ideias, nao importa, o que interessa é o que tenho pra lhe dizer."
Continua...
Por Fabio Silva
segunda-feira, 3 de janeiro de 2011
Lembrança
" Lembro-me de que ele só usava camisas brancas. Era um velho limpo e eu gostava dele por isso. Eu conhecia outros velhos e eles não eram limpos. Além disso, eram chatos. Meu avô não era chato. Ele não incomodava ninguém. Nem os de casa ele incomodava. Ele quase não falava. Não pedia as coisas a ninguém. Nem uma travessa de comida na mesa ele gostava de pedir. Seus gestos eram firmes e suaves e quando ele andava não fazia barulho.
Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.
Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: 'olha'. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então eu pensei que meu avô era maior que a tempestade.
Eu era pequeno mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi mas na hora não intendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda a parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca interrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como eu não sei. Nem por quê.
No dia seguinte eu ainda tornei a vez a sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente."
Luiz Vilela
Ficava no quartinho dos fundos e havia sempre tanta gente e tanto movimento na casa que às vezes até se esqueciam da existência dele. De tarde costumava sair para dar uma volta. Ia só até a praça da matriz que era perto. Estava com setenta anos e dizia que suas pernas estavam ficando fracas. Levava-me sempre com ele. Conversávamos mas não me lembro sobre o que conversávamos. Não era sobre muita coisa. Não era muita coisa a conversa. Mas isso não tinha importância. O que gostávamos era de estar juntos.
Lembro-me de que uma vez ele apontou para o céu e disse: 'olha'. Eu olhei. Era um bando de pombos e nós ficamos muito tempo olhando. Depois ele voltou-se para mim e sorriu. Mas não disse nada. Outra vez eu corri até o fim da praça e lá de longe olhei para trás. Nessa hora uma faísca riscou o céu. O dia estava escuro e uma ventania agitava as palmeiras. Ele estava sozinho no meio da praça com os braços atrás e a cabeça branca erguida contra o céu. Então eu pensei que meu avô era maior que a tempestade.
Eu era pequeno mas sabia que ele tinha vivido e sofrido muita coisa. Sabia que cedo ainda a mulher o abandonara. Sabia que ele tinha visto mais de um filho morrer. Que tinha sido pobre e depois rico e depois pobre de novo. Que durante sua vida uma porção de gente o havia traído e ofendido e logrado. Mas ele nunca falava disso. Nenhuma vez o vi falar disso. Nunca o vi queixar-se de qualquer coisa. Também nunca o vi falar mal de alguém. As pessoas diziam que ele era um velho muito distinto.
Nunca pude esquecer sua morte. Eu o vi mas na hora não intendi tudo. Eu só vi o sangue. Tinha sangue por toda a parte. O lençol estava vermelho. Tinha uma poça no chão. Tinha sangue até na parede. Nunca tinha visto tanto sangue. Nunca pensara que uma pessoa se cortando pudesse sair tanto sangue assim. Ele estava na cama e tinha uma faca interrada no peito. Seu rosto eu não vi. Depois soube que ele tinha cortado os pulsos e aí cortado o pescoço e então enterrado a faca. Não sei como deu tempo dele fazer isso tudo mas o fato é que ele fez. Tudo isso. Como eu não sei. Nem por quê.
No dia seguinte eu ainda tornei a vez a sua camisa perto da lavanderia e pensei que mesmo que ela fosse lavada milhares de vezes nunca mais poderia ficar branca. Foi o único dia em que não o vi limpo. Se bem que sangue não fosse sujeira. Não era. Era diferente."
domingo, 2 de janeiro de 2011
Diniz, C.
Primeiramente queria deixar bem claro que estou sob efeito de álcool. Sim ,estou sob efeito de substancia que atordoa minha mente debilitada, e escrevo sob o efeito do maldito álcool. Em seguida queria muito mandar deus tomar no meio do seu cu e ir pro inferno, ter com satanás, trocar algumas palavras com lúcifer, e ir se ferrar. Pro inferno essa hipocrisia do caralho, sim, deus é uma fraude, "Oh, me adore ou irei castigalho, me adolatre ou irá se ver com minha fúria, se comporte decentemente ou o inferno o espera, irá sofrer a eternidade no purgatório" blá, blá, blá,estou cansado de tudo isso, estou muito puto, foda-se o seu deus, cuspu na cara do seu salvador, pro inferno com esse deus de merda, vá pro inferno - gritarei bem alto - com todas as letras, deus é um filho da puta, um vadio, um miserável, ele nos odeia, se voce assim como eu se sente enjeitado de deus, junte-se a mim e cuspa em sua suja e sagrada face, pro inferno, ja lhe disse, pro inferno, quando meu pai chegava bêbado em casa e nao sabia quem era, onde estava ou quem seu filho era, esse bondoso deus, onipotente e onipresente nao "fez" porra alguma. Vá à merda seu crédulos de merda, evangélicos, católicos apostólicos romanos,jesuítas, kardecistas, e tantas religiões mais, vão se ferrar, todos vocês. Cada dia mais me convenço que não precisamos de religião alguma, chega de falsa demagogia, de hipocrisia, cada dia mais amamos menos o próximo, nos odiamos, nos maltratamos, metimos, logramos, falseamos, somos uns putos, desregrados, os enjeitados de deus. Foda-se, perdi meu amor, perdi minha salvação, agora pro diabos! Junto às más companhias e aos bons livros. Tenho dito. Bêbado, coração sangrando, mente ativa, mãos tremendo, alma limpa. Foda-se. Foda-se. Ou você se tonra um bondoso anjo, ou se torna um maldito demônio, um maldito demônio. O segundo caminho me soa muito mais conveniente. Muito mais conveniente, e eu nem o escolhi, fui escolhido. Não tenho saída, nunca tive escolha, sempre foi assim. Sempre. Coisas miseráveis soando na sua cabeça, gritos agonizantes, desesperados, e você mal tinha idade suficiente pra suportar seu próprios demônios e já vinham tantos outros, eles te devoraram, te estraçalharam, sugando teu sangue e toda sua energia, e agora você é um deles. Um deles. Quem disse que foi escolha sua, de modo algum, eles te escolheram. O por quê não saberemos, não por enquanto. Agora se suas amargas mãos tremem sob esse céu tão lindo, o motivo você já sabe o que é. Não adianta. nunca te deixaramos, iremos te perseguir por todo o sempre, junto de você estaremos, lhe desafiando, lhe provocando, lhe insultando, depravados somos, de caráter vil, nada temos de honroso, de nobre, de grandioso, pelo contrário, transpiramos um odor desagradável, somos baixos, somos miseráveis, somos ingnóbeis, e estaremos sempre aqui, sempre. Cretinos, malditos, miseráveis, irei estraçalhar todos vocês.Vão se ver comigo, não perdem por esperar, irei me vingar, estou muito puto, quero correr atrás do tempo perdido, vou fazer a coisa certa, vou apertar sua jugular, pisar na sua garganta, cuspir na sua cara, socar seu rosto até estar desfigurado, eu vou lhe surrar, vou acabar com sua vil raça. Guarde bem minhas palavras. Vou tomar de assalto tudo aquilo que me pertence, pode ter certeza, irei tomar aquilo que é meu por direito. E tenho dito. O sol está dando as caras, é hora de me recolher à cama. Irei regozijar-me, repor minhas energias, dormir os sonhos dos que já se foram, até a próxima. Estarei por perto, sempre que precisar, sempre. Até breve. Ainda quero encontrar-te, tenho coisas a lhe dizer, coisas importantes, mas antes, tenho que viver outras coisas mais, saber outras coisas, entender outras tantas. Chega, basta por hora, até breve. Um abraço, e não se esqueça, essa vida é breve, e meu amor por você mais ainda. Mais ainda. Eu te amei, eu te amei pra valer. Pena que você nunca irá saber disso. Eu sou um puto!!!
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