quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Drummond



"O problema não é inventar. É ser inventado hora após hora e nunca ficar pronta nossa edição convincente."
(Carlos Drummond de Andrade)

terça-feira, 21 de dezembro de 2010

Dostoiévski

Fiódor Dostoiévski nasceu em 11 de Novembro de 1821 na cidade de  São Petersburgo,O escritor é considerado um dos maiores romancistas da literatura russa e um dos mais inovadores artistas de todos os tempos.Sua obra explora a autodestruição, a humilhação e o assassinato, além de analisar estados patológicos que levam ao suicídio, à loucura e ao homicídio. Morreu aos 59 anos, era epilético.




domingo, 19 de dezembro de 2010

Quem você é quando ninguém está olhando?






"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."
"Caráter é quando você faz o certo, mesmo quando ninguém está vendo."

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

O Filme, o Livro, o Clube, a Filosofia



Clube da Luta 
Direção de David Fincher
Fala de Tyler Durden:
"Se nossos pais nos abandonaram, o que isso lhe diz sobre deus? Escute, tem de considerar a possibilidade de que deus não gosta de você. Nunca lhe quis, e provavelmente te odeia. Não é tão ruim assim, não precisamos dele, alias, ele mais atrapalha que ajuda. Pra puta que pariu a perdição. Somos os enjeitados de deus. Apenas depois de perdermos tudo é que seremos realmente livres.
A propaganda põe a gente pra correr atrás de carros e roupas, trabalhar em empregos que odiamos pra comprar merdas inúteis. Somos uma geração sem peso na história, sem propósito ou lugar, não temos uma grande guerra, não temos uma grande depressão. Nossa guerra é espiritual. Nossa depressão, as nossas vidas. Fomos induzidos pela TV a acreditar que um dia seríamos milionários e estrelas de cinema. Mas não somos. Aos poucos tomamos consciência do fato. E estamos, muito, muito putos."

"...Você é igual à decadência refletida em tudo. Todos fazemos parte da mesma podridão. Somos o único lixo que canta e dança no mundo.

Você não é sua conta bancária nem as roupas que usa, você não é o conteúdo de sua carteira, você não é seu câncer de intestino, você não é seu café com leite, você não é o carro que dirige nem suas malditas gatinhas.

Você precisa desistir. Você precisa saber que vai morrer um dia. Antes disso, você é um inútil. Será que nunca serei completo?..."

 P.S. Gostei do grito do homem das tetas grandes numa luta. Foi ótimo ter trocado as choradeiras do centros de ajuda, para o sangue e o suor do clube da luta. Vejam o filme. Fica a dica!

domingo, 12 de dezembro de 2010

Outra dose de poesia por favor!


 


Poeminha só porque amo você
Fabio Silva

Estou lúcido,
Sinto sua falta,
Estou carente do seu espírito,
Ai, como seus carinhos me fazem falta.

Estou sóbrio,
Melancólico, depressivo, já lhe disse,
Não se morre por doença, e sim por falta de Amor,
Oh, sem amor eu nada seria,

Estou decadente,
Apóie-me, não me deixe só comigo mesmo
Posso ser nocivo a mim mesmo
Dê-me o que necessito

Estou caindo,
Seu gosto, seu corpo, tudo
Provei uma vez, agora o quero sempre
Antes ignorava sua existência, hoje tu és minha nutrição, estímulo, motivação, recompensa, tesouro.

Estou incompleto,
Amor e fidelidade, basta-me
Solidão, consome, salva-me
És tão bela, tão bela, a mais bela

Estou sucumbindo,
Venha, diga uma só palavra, 
Um singelo gesto me salvaria, receio que venha rápido, ou os danos serão maiores
E me levantarei, com a força de um tornado, mais forte, mais viril, mais poderoso
Basta uma palavra, uma sequer, um estímulo, um doce beijo...

Estou ofegante,
Tudo isso me exige trabalho, esforço, é árduo
Afinal conquistar o que se deseja nunca foi tarefa fácil
Os fins justificam os meios???

Estou enfadado,
Entediado,
Confuso,
Ainda penso.
 

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Saramago,J.

 De agora em diante, esse blog tem a pretensão de ser indicativo de literatura (da boa,diga-se de passagem). Só tenho um critério, posterei apenas livros lidos por mim, e com uma breve descrição do autor e da obra. Começamos por uma obra que acabo de me deliciar, As Intremitências da Morte, José Saramago, falecido recentemente, único autor da literatura portuguesa a receber o Prêmiro Nobel de Literatura. Devorei o livro rapidamente, Saramago tem uma escrita rápida, eloquente, convidativa, e por que não, provocativa. O romance te seduz a ler cada vez mais sobre as peripécias da dona ossuda que resolve suspender suas atividades e ver (o circo pegar fogo) quer dizer, como os humanos lidam com tal situação. Saia da internet e vá conferir o que Saramago tem pra lhe dizer! Abraço e boa leitura.

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Escrita de livre associação


O que você terá pra me dizer? Me diga. Diga-me que terei um futuro brilhante pela frente. Me tornarei forte, justo, corajoso, digno de merecer a vida que tenho. Eu como o único responsável pela minha própria condição. Ontem o menino amedrontado, hoje o quase-homem que procura redenção pelos seus erros e fraquezas do passado. Diga-me garoto, o que lhe faltou quando criança? Carinho, compreensão, afeto, cuidados, adjetivos tão conhecidos pelos adultos, mas tão em desuso. O excesso de punição, muitas vezes por atos banais ou por nem mesmo merecer. O excesso de exigências, a cobrança por um alto desempenho sempre, ser tão exigido desde muito pequeno, eu sei, você quase sucumbiu. A chacota dos amigos na escola e na rua. Confiança depositada inocentemente em pessoas que não mereciam nem mesmo sua atenção. E você foi crescendo meu garoto, rompendo as barreiras impostas pelas circunstâncias, derrubando gigantes, vencendo os próprios medos, derrotando os demônios que habitavam e ainda habitam sua alma, conquistando novos repertórios comportamentais para melhor enfrentar a vida. Enfim, a cada esquina uma nova aventura, e foram tantas, em quantidade e intensidade. E você mal sabe que há tantas outras ainda por vir. Algumas garotas, mãos trêmulas na maioria (senão todas) das vezes, a verborreia, e noutras o silêncio constrangedor. Eu sou assim, tímido, tenho vergonha, não por charme ou por escolha, mas porque as circunstâncias me vez comportar-me desse modo. Ei garoto, os tempos na escola, toda idade com seus prazeres e medos, foi assim. Tanto conhecimento descoberto, tantas habilidades desenvolvidas, a inatas e as adquiridas. Os relacionamentos interpessoais, disso não se tinha aula, só provas práticas, ou se era aceito, ou se era reprovado, para sempre, sem oportunidade de segunda chamada. Ele aprendeu, adquiriu habilidades, tomou por poder outras mais. Menino, muleque, meu guri, o filho amado, expectativas à seu respeito. Ninguém o ouvia, não escutava o que o garoto tinha a dizer. Afinal, como toda criança, ele não era um adulto em miniatura. Deparava com situações pela primeira vez, não sabia o que fazer, o que dizer, como se portar, não sabia traduzir os olhares, ler nas entrelinhas, entender o não-dito pelo dito. Inevitavelmente só aprendeu errando, falhas necessárias para o seu desenvolvimento, tudo isso torcendo para o mínimo de prejuízos. As brincadeiras, o futebol com os amigos, as conversas sobre o mundo e a cultura que ele estava inserido, os desenhos animados, tudo muito bom. Diga-me garoto, de uma só vez, sem pestanejar, tudo aquilo que você aprendeu, aquilo que você ignorava e agora tem o domìnio. Diga-me de um só fôlego, todas as emoções e sentimentos que fizeram seu coração acelerar e pulsar mais forte. Diga-me garoto, que antes você se intimidava e se colocava em menosprezo ao estar numa sala frente à pessoas até então desconhecidas, e atualmente você se porta como um guerreiro valente e corajoso, que enfrenta tudo e todos que lhe cruzam o caminho. Antes o cãozinho amedrontado que se encolhia e tremia num canto qualquer, hoje o cão raivoso, sedento por atividade, violento quando se deve ser, grunindo por um mundo mais justo. Antes a ignorância que amedrontava, hoje a posse do conhecimento que liberta o espírito que anseia por liberdade. O que você vê pela janela, diga-me garoto, espero por uma palavra sua. Sob ataques de inimigos, que não são tão inimigos assim. Todo homem mata aquilo que ama, e a par do amor, é esperável que alguém nos magoe, tenha ciência desse fato, tome nota. Anda, apresse por aprender mais essa lição. Já está anotando? Não? Pegue os livros esquecidos na estante, eles tem algo muito importante a lhe dizer, desligue a televisão, vá à missa com seus pais, preste atenção nas palavras do sacerdote, e quando estiver mais crescido, não se furte do direito de questionar e criticar todas aquelas palavras. Anotando? Espero que sim. Não acredite nos elogios, verifique antes quem proferiu tais palavras, quais eram suas reais intenções. Palavras podem vir encharcadas de sarcasmo, ironia, blasfêmia, cinismo, e você terá que separar o joio do trigo. Você será enganado, traído, logrado, mal-compreendido, injustiçado, encurralado, agredido, desrespeitado, e terá que se haver com todos esses fatos. Lembre-se, uma certa dose de agressividade sempre cai bem nessas horas, sempre. Ah, seus telefonemas não serão atendidos, seus apelos serão desprezados, seus sentimentos menosprezados. Entenda, na sua maioria essa vida NÂO é justa, agradável, confortável, doce, calma, paciente, prazerosa. Tudo depende da sua postura diante da vida. Pode-se se deixar derrotar, colocar a culpa no presidente, na professora, na esposa, no cachorro, em deus, tudo isso só servirá pra uma única coisa: tirar a responsabilidade pela sua condição de suas costas, e consequentemente colocar o poder de mudar sua vida na mão de terceiros. Persiste meu guri, persiste. O importante de toda viagem não é a chegada nem a partida, mas a travessia. Já lhe disse sobre os males e os desprazeres dessa vida, agora chega a hora de mostrar-lhe que a vida tem muitos atrativos interessantes. O abraço apertado daquela garota dos olhos doces. O bom papo com um ansião. Conversas entre amigos, a relação das amizades, o companheirismo, o apoio, o poder contar um segredo, um medo, uma fraqueza. Compartilhar momentos felizes. A inocência das crianças, a beleza por trás daquele sorriso puro. Tenha certeza, toda aquela atitude que houver carinho, afeto, atenção, amor, benefício mútuo, relação de ajuda e camaradagem, tudo isso será válido. Terá valido a pena, terá recompensa o sofrimento, a dedicação, o sacrifício. No fim das contas não importa muito o que você espera da vida, e sim, o que a vida espera de você. E de toda essa divagação ficaram duas coisas: a certeza que estava sempre recomeçando, e que seria interrrompido antes de terminar.

Por Fabio Silva.

O que nós temos para o jantar?

O que eu to fazendo aqui, nessa vida medíocre? Ou, fala pra vc, no fim das contas é vc com vc mesmo. Foda-se sua mãe, seu pai, seu irmão, sua namorada, seus amigos, nada disso importa. No fim das contas sobra sempre vc contigo mesmo. Pra que fugir, se o medo vai mais junto com vc? Pra que deixar pra depois, se o quanto antes melhor?
Claro que essa merda poderia ser melhor, e será. Não se morre por doença, câncer, tumor, ou algum vírus, se morre por falta de amor, carinho, afeto, atenção, morre-se cada vez mais por desgosto, falta de sentido na vida, por falta de esperança ( a alma também adoece e precisa de auxilio). A cada abraço negado, a cada beijo não dado, a cada aperto de mão postergado se morre mais um pouco. E pior do que isso, um abraço fraco e fingido, um beijo sem vontade e sem paixão, um aperto de mão sem força e vigor, tudo isso é ainda pior. No fim do dia vc sempre tem que prestar contas a si mesmo, alguns dirão que no fim da vida também. O que importa de verdade não é o que você tem na vida, mas quem você tem na vida. Todo homem é finito por sua natureza, mas por suas atitudes e por suas idéias ele pode se tornar imortal.


Tenho tanto há lhe perguntar. Tanta coisa que eu gostaria de saber sobre você. Ciúmes do passado que me escondes, do presente em que não estou com você, e do futuro que me excluis. Ciúmes de quando você se vestiu lindamente e não foi para mim ( que seja, talvez o melhor momento seja quando você estiver se despindo somente para mim). Ciúmes das bocas que te beijam, dos braços que te acalentam, do vento que toca sua pele e esvoaça seus cabelos, das palavras que te encantam e não são as minhas, das pessoas que lhe agradam e que não são iguais a mim. Como eu sou egoísta, não?! É como o maldito Nietzsche afirma, o homem que ama é como um dragão que guarda e protege um tesouro, ele o quer somente pra si, deseja privar o mundo inteiro daquele bem tão precioso, criatura tão egoísta, tão egoísta. Anseia protege-lo, admira-lo, usufruí-lo, para seu bel prazer. E quando não alcança seu objetivo se angustia, se frustra, se entristece. Já lhe disse isso antes meu velho, aquele que pregava tanto a liberdade entre um casal, agora sofre com aplicação na pratica de suas palavras. Que seja, não me arrependo do que disse, e não penso o contrario de antes. Não tenho todas as respostas, por enquanto.


Enquanto eles se enfraquecem, eu me fortaleço. Enquanto eles se decompõem em partes menores até desaparecerem, eu me reconstruo a cada dia, peça por peça, afim de me aperfeiçoar cada vez mais. O fim do desenvolvimento não é o começo da decadência, não para mim.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Deletar ou não deletar, eis a questão!

Sempre que eu quiser sei onde te encontrar.
Às vezes me pego pensando em quantas coisas eu aprendi ao longo dos dias, dos anos, dos meses, do encontros, do desencontros, das experiências, dos erros, do acertos. O quanto cada pessoa que cruzou meu caminho me acrescentou na formação da minha personalidade, os psicanalistas diram que isso é identificação.
Quanta coisa eu nao sabia e agora eu sei, continuo com o mesmo defeito - a ignorância, e o maior vício - o conhecimento.
Tanta coisa sobre música, os cantores, os virtuosos da guitarra, os ícones da história do rock'n roll, onde se fazia música por vocação e não como hoje em dia se faz, ou seja, pra vender milhoes de discos empurrados à guela a baixo dos consumidores alienados e imbecis. Tanta música boa, que me pergunto como vivi tanto tempo sem conhecê-las para aprecia-las e me deleitar com suas melodias, que atualmente embalam os meus pensamentos e sentimentos mais subversivos, mais loucos, mais sórdidos, mas insanos e ao mesmo tempo românticos e sensíveis.
Outra coisa, os Livros, sim, a leitura, um paraíso que descobri a tempo de poder me salvar de mim mesmo. Os autores, os poetas, cronistas, ensaistas, críticos, filósofos, psicológos, sociólogos, antropólogos, cientistas, médicos, biólogos, e toda as ciências exatas, humanas e biológicas. Sim, você é aquilo que você sabe e questiona. O mundo se divide naqueles que possuem o conhecimento e aqueles qua não o possuem, e isso faz toda a diferença. Você é aquilo que você lê, as ideias que estão em sua mente lhe constitui como algo além de um amontoado de células e tecido nervoso.
Uma observação importante, as principais coisas que eu aprendi foram além dos muros da escola, claro quem meu professores fizeram a parte deles, de orientar, apontar caminhos, construir a base daquilo que eu sou hoje, o que eu fiz foi só dar continuidade ao processo, lapidar o mineral que ainda se encontrava em seu estado bruto, transcender para algo mais elevado, buscar caminhos diferentes.

Estou cansado do futuro. Cansado. Titubeio às vezes, às vezes não, muitas vezes, muitas. Por tudo aquilo que eu ainda vou viver, vou sentir, vou temer, vou desejar, vou provar, por todas as tempestades que atravessarei, caramba, quantas oportunidades para me tornar mais forte. Espero ansioso por todas elas. Chega por hoje, basta por hora, estou cansado, sonolento, faminto, preciso de água, de sexo, de sono, de sexo, de comida, de sexo, de carinho, de sexo, de atenção, de um BOM sexo por que não?!

O que vos fala aqui pode nao ser mim, ou poder ser, poder ser a parte mais genuina do meu eu, porque aqui eu me encontro só comigo mesmo, sem sensuras, sem castrações, sem vergonha, sem frescura, sem viadagem. Vomito tudo pra fora, todo lixo, tudo aquilo que penso, sinto, desejo, questiono, critico, acredito. Quando escrevo penso que ninguem vai ver isso, eu realmente acredito nisso, mas logo depois me lembro que isto esta disponivel na ferramenta de comunicação mais fantastica que o homem ja criou, a internet, dai me lembro que um aborígene na Australia com uma boa conexao podera ler meus devaneios e saber da minha simplória existência. Ai ai, a globalização. O papa levou um tiro a queima a roupa, por isso de agora em diante anda de vidro blindado, porra, se deus nao protege o papa, entao eu to fudido!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Você foi enforcado com sucesso!!!

Fico pensando no que estou me tornando, o que estou realizando, as experiências que estou acumulando, as lições que estou aprendendo, os corações que estou amando, tento conviver com os fatos passados maquinando na minha cabeça, o presente acontecendo assustadoramente na minha frente e o provável futuro que me aguarda. Já mudei tantas vezes, não sou nenhum pouco do jeito que eu era, como aqueles animais que para crescerem e desenvolverem abandonam suas velhas carapaças, só que junto com esse exoesqueleto, foram junto velhas ideias, costumes, comportamentos, condutas, medos, pensamentos, enfim. Suspiro fundo e questiono a mim mesmo se a vida que levo é genuína, honrada, gloriosa, digna, vida essa que é uma só, e não deve ser existida inconsequentemente. Freud dirá que estou demasiadamente neurótico, que seja. Não consigo de deixar essa maldição de ser um ser pensante, o único ser vivo que questiona sua própria existência. Sartre com sua constatação, "o homem condenado a ser livre", condenado porque não escolheu vir a esse mundo, e livre porque tem inúmeras possibilidades de existir. Tantos caminhos tortos, tantos elogios à loucura, e eu aqui, tendo que me haver com todo esse caos de alternativas.

Por Fabio Silva

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Enforque-se na corda da liberdade

http://www.tvcultura.com.br/provocacoes/enforque_se?next=5

Maldito tédio esse que me faz esquecer que a vida tem muitos atrativos, e que me embota com um vazio sem início nem fim.Tédio que me traz a angústia de saber que estou vivo nesse momento e no seguinte posso não mais estar. Entretanto, meu lado otimista não me deixar enganar, ele me diz que posso e devo aprender muito com esse tédio que me invade nos sábados chuvosos. Se eu me sinto vazio, sem ânimo, sem motivações, é justamente nessas horas que eu percebo o valor de uma conversa entre amigos, daquele abraço forte e apertado, seja de quem for, do sorriso daquele estranho na fila do cinema, do bom dia do porteiro do meu prédio, bom dia aquele que não é desejado por obrigação, mas sim por gentileza. O tédio é um dos males da humanidade, pode-se vir a sucumbir a ele, diria ate a morrer, é um demônio, mas eu penso que a gente deve muito aos nossos demônios, por que são graças a eles que somos o que somos hoje e sempre.

 Por Fabio Silva

Não leiam!



"Não, Tempo, não zombarás de minhas mudanças! As pirâmides que novamente construíste não me parecem novas, nem estranhas; Apenas as mesmas com novas vestimentas."William Shakespeare

"Um homem é o que ele lê, come e bebe na vida.Logo deve escolher a melhor leitura, a melhor comida e a melhor bebida."Johann Wolfgang von Goethe (1749-1832)

"A você que fica aí inútil, vivendo essa vida insossa, só digo: Coragem! Mais vale errar se arrebentando do que se preparar para nada".
Darcy Ribeiro

"Um livro aberto é um cérebro que fala. Fechado ,um amigo que espera. Esquecido,uma alma que perdoa Destruído,um coração que chora”
autor desconhecido

"Para o verdadeiro sucesso, pergunte a si mesmo 4 questões: Por que? Por que não? Por que não eu? Por que não agora?"
James Allen

“O sábio fala porque tem alguma coisa a dizer;o tolo, porque tem que dizer alguma coisa”.
Platão, Filósofo

"O homem que a dor não educou será sempre uma criança."
N. Tommaseo

"Eu não conheço a chave para o sucesso, mas a chave para o fracasso é tentar agradar todo mundo."
Bill Cosby

“Ninguém liberta ninguém, ninguém se liberta sozinho: os homens se libertam em comunhão.”
Paulo Freire, Sociólogo

" Aprendi a buscar a felicidade limitando os meus desejos, ao invés de satisfazê los."
Stuart Mill, Filósofo

"O insucesso é apenas uma oportunidade para recomeçar de novo com mais inteligência."
Henry Ford

"É muito melhor arriscar coisas grandiosas, alcançar triunfos e glórias, mesmo expondo-se a derrota, do que formar fila com os pobres de espírito que nem gozam muito nem sofrem muito, porque vivem nessa penumbra cinzenta que não conhece vitória nem derrota."
Theodore Roosevelt

"Você pode conseguir qualquer coisa que queira na vida, se você ajudar o suficiente outras pessoas a conseguirem o que elas querem."
Zig Ziglar

“Não possuir algumas das coisas que desejamos é parte indispensável da felicidade”.
Bertrand Russel

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Mala pronta

Ainda não sei, quem vera, quem virá, ele voltará? Mala no sofá, porta aberta, despedida na certa. Ele vai, fica por uns tempos, mas volta, volta sim. Um dia nossa relação vai ser real, fraterna, mais afetiva, menos mórbida, psicótica. Sem aditivos na corrente sanguínea, nós não precisamos disso, definitivamente isso só nós mata aos poucos, acaba por sepultar uma relação que tem tudo pra ser maravilhosa. Quantas vezes tudo que eu queria era um pouco de paz, sabe aquela paz traquila, aquela vida sem medo, sem angústia no coração, sem dor que a gente não tem solução nem remédio. Já vi o fim do mundo tantas vezes, e na manhã seguinte tava tudo bem, a ferida que me sangrou me acostumou a ser mais forte, mais corajoso, mais justo, aquele infeliz passado, dolorido, só nós sabemos o quanto. Suas atitudes me afetaram muito, minha infância foi foda, foda pra caralho, mas naquela época remota eu se quer sabia o que acontecia comigo. Eu procurei um caminho intelectual, uma ajuda lúcida, nos livros, nas ideias daqueles professores que fumavam dentro da sala de aula, aqueles autores com as ideias mais revolucionárias, mais doidas, mais surreais, mas que pra mim caiam como uma luva, me identifiquei tanto com aquelas ideias passadas pro papel há cem, duzentos anos atrás, nascidas em outros continentes, em outras épocas, mas que me serviram muito bem. Como disse aquele autor com grafia difícil de ser escrita, o filósofo pessimista e machista, Schopenhauer o nome do infeliz, "sem livros eu ja teria sucumbido há tempos". Idem for me!
Devo dar graças por ainda estar comigo, pela chance de se redimir frente a seus erros, que nao foram poucos, nao foram brandos, que deixaram marcas, tatuadas pra sempre...
Mas nada do acontecido foi em vão, nada nos advém cedo ou tarde demais.
Que viva eternamente, eternamente...

Por Fabio Silva

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Um miserável que tem algo a nos dizer


 Arnaldo Jabor
 
Carioca nascido em 1940, o cineasta e jornalista Arnaldo Jabor já foi técnico de som, crítico de teatro, roteirista e diretor de curtas e longas metragens. Na década de 90, por força das circunstâncias ditadas pelo governo Fernando Collor de Mello, que sucateou a produção cinematográfica nacional, Jabor foi obrigado a procurar novos rumos e encontrou no jornalismo o seu ganha-pão. Estreou como colunista de O Globo no final de 1995 e mais tarde levou para a TV Globo, no Jornal Nacional e no Bom Dia Brasil, o estilo irônico com que comenta os fatos da atualidade brasileira.




EU TE AMO... NÃO DIZ TUDO!

Você sabe que é amado(a) porque lhe disseram isso?
A demonstração de amor requer mais do que beijos, sexo e palavras.

Sentir-se amado é sentir que a pessoa tem interesse real na sua vida,

Que zela pela sua felicidade,
Que se preocupa quando as coisas não estão dando certo,

Que se coloca a postos para ouvir suas dúvidas,
E que dá uma sacudida em você quando for preciso.

Ser amado é ver que ele(a) lembra de coisas que você contou dois anos atrás,

É ver como ele(a) fica triste quando você está triste,
E como sorri com delicadeza quando diz que você está fazendo uma tempestade em copo d'água.

Sente-se amado aquele que não vê transformada a mágoa em munição na hora da discussão.

Sente-se amado aquele que se sente aceito, que se sente inteiro.
Aquele que sabe que tudo pode ser dito e compreendido.

Sente-se amado quem se sente seguro para ser exatamente como é,
Sem inventar um personagem para a relação,
Pois personagem nenhum se sustenta muito tempo.

Sente-se amado quem não ofega, mas suspira;
Quem não levanta a voz, mas fala;
Quem não concorda, mas escuta.

Agora, sente-se e escute: Eu te amo não diz tudo! 

Arnaldo Jabor

sábado, 30 de outubro de 2010

O triste fim de Policárpio Quaresma


Me disseram certa vez que é impossível medir a dor, o quão uma pessoa é infeliz, o quanto ela pode suportar um sofrimento sem sucumbir a ele. Não dá. Não dá. Nunca vi tanto sangue na minha vida, espalhado por todo o quarto, pelas paredes, pelo teto, disseram que o um tiro de 12 fazia muito estrago, eu nunca tinha imaginado o quanto. Era domingo, como sempre, tediosos e infernais domingos. Desde sempre, era a mesma história, os mesmos fatos, os mesmos acontecimentos, mas naquele domingo foi diferente, ele não quis mais essa merda toda, preferiu dizer NÃO, BASTA, JÁ NÃO QUERO MAIS. Disseram-me que foi loucura, excesso de idéias na cabeça, mente fraca dirão outros, mas só ele sabia e conhecia as lágrimas que estremeciam sua alma. Afinal quem mais conhecia os motivos pelo qual sua mão trêmula e úmida titubeavam diante de tantos fatos, tantos fatos banais ele evitava, se atrapalhava, enfim, motivos ele tinha vários. Eu fui a primeira pessoa a ver a cena, no seu último momento ele coloco o cano da arma na sua frente, e em seguida aperto o gatilho. Não estava bêbado, ou sob efeito de qualquer outro tipo de droga, plenamente lúcido e sóbrio, somente a dor extravasava seu limite suportável, era muita, sem sentido, sem porquê, todo dia, toda hora, sem namorada, sem amigos, nem por livros ele se interessava ultimamente, aqueles mesmos livros e autores que evitaram que ele desse cabo da vida anos antes. Se me perguntarem, direi que ele não suportou ver a progressiva decadência de seu herói. Eu minto, me perdoem, ele tinha sim uma namorada, linda por sinal, meiga, gentil, simpática, adorável, que dedicava muito amor a ele, o essencial de que um homem precisa pra suportar o peso da existência. Também tinha amigos, colegas, parceiros, ele de fato se sentia só as vezes, mas tinha companhias diversas. Em casa tinha boa comida, boas roupas, eletrodomésticos, luxo. Mas mesmo assim ele fez aquilo. Eu convivi toda minha vida com ele, afinal eu era o irmão mais novo, ele viera primeiro a esse “mundo de merda”, como ele mesmo dizia. Eu nunca suspeitei que ele viesse a ter a ousadia de tirar sua própria vida. Sempre foi tão pacato, sempre passivo, levava desaforo pra casa, se um cachorro latisse pra ele na rua, mudava de calçada, na escola agüentava a chacota do colegas e nada fazia, nada falava, não se defendia. Eu não o acho um covarde, pelo contrário, tem quer ser muito corajoso pra comprar sua passagem pro inferno, aliás, passagem só de ida. Certa vez vi uma frase no seu caderno de anotações, era de um filósofo alemão, dizia mais ou menos assim; “ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa, mas também não temos o direito de tirar essa liberdade da própria pessoa de decidir sobre a hora de sua morte”. Creio que ele teria um futuro brilhante pela frente, era estudioso, se ocupava com assuntos relevantes, estava na faculdade, ganhara do governo uma bolsa de estudo, iria se formar em 1 ano. Creio também que ele se recusou a ver a decadência daquele que tanto admirava, tanto amava, aquele que era um herói, fonte de identificação, modelo. Por esse lado eu penso que ele foi fraco, sim, foi fraco, se eu pudesse dizer algo pra ele, diria que nem tudo que nos acomete foi escolha ou procura nossa, tantos as dádivas quanto as desgraças. Se você procurar bem, verá que as coisas melhores e piores que aconteceram com você, não teve qualquer relação direta com seu maiores esforços, foram fatos que simplesmente aconteciam e que exigia da gente trabalho e uma posição diante dos fatos, somente isso, por mais doloroso e custoso que era aquilo.
Chega de baboseira, agora é tarde, seu tempo aqui se esgotou, ele mesmo deu cabo do seu relógio de vida, com um tiro, na cabeça, certeiro, já estará agora prestando contas a lúcifer. Que sua história lhe eternize meu irmão. Todo homem é finito por sua natureza, mas por suas idéias e feitos, ele pode se tornar imortal.
Até breve mano.
Abraço.

Por Fabio Silva

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

O sangue é negro

Ei, muito fácil é dissertar sobre a angústia, principalmente quando se está sob o efeito dela. Fácil escrever palavras que exprimem dor, melancolia, pessimismo, baixo-astral. Fácil falar sobre o que ta ruim, sobre o que não presta, sobre o podre, o sórdido, e o feio. Quem nos governa não presta, quem deve nos proteger de nós mesmos são corruptos, que nos educa faz com péssima vontade, está tudo tão caro, os jovens já não respeitam os mais velhos, os mais velhos já perderam as esperanças na vida, há milhares de pessoas no mundo vivendo abaixo da linha da probreza ( o que é essa tal linha???), mulheres são agredidas, violentadas, torturadas, esquartejadas, e no final viram lanchinho dos cães, a filha vai voar pela janela do quinto andar logo, logo, muita guerra por um pouco de paz...
Sabe o que é muito raro de se ouvir falar, de se ler, de se escutar??? Algum palpite???Bem, dificil mesmo é falar que além da dor, da melancolia, e da angústia, existe momentos, pequenos fragmentos de pura felicidade, eu disse bem, PEQUENOS fragmentos, pois a felicidade em seu estado puro é como ouro em uma mina, existe pouquíssima quantidade verdadeira num imenso mar de areia infértil e estéril, e dá trabalho encontrar a tal felicidade, e quando você se descobre feliz, se dá conta que nem fez muito esforço pra alcança-la.Ainda mais difícil e raro de se encontrar por ai, é ver alguma alma boa que escreve sobre fragmentos de felicidade sem se tornar fútil, piegas, trivial, infidedigno. Tarefa árdua de escrever sobre felicidade sem ser em livros que pregam: "sua felicidade só depende de você!" ou, "compre uma bolsa, um celular novo, um carro importado, uma casa na praia e você será amaldiçoado com uma felicidade eterna e constante pelo resto de seus dias!", arghhh, que vontade de vomintar, vomitar em cima desse livros malditos, que vendem a pseudo receita da felicidade. Quer saber de uma coisa meu caro, felicidade não tem receita, assim como não nascemos com manual de instrução. A vida é uma só, não tem outra não, e não ache que estou sendo repetitivo dizendo isto, muitas pessoas, mas muitas mesmo, não sabem que a vida é uma vez só. Você deve estar se perguntando: Poxa autor, deixa de ser carrancudo e rabugento e dá um desconto pra estas pessoas, afinal elas estão muitíssimas ocupadas se matando de trabalhar pra pagarem suas dívidas eternas nas lojas de crediário a se perder de vista, 12,18,24,36,48 meses, vixii, se manteram por muito tempo ocupadas trabalhando e pagando contas, nesse eterno círculo vicioso. Não culpo essas pessoas pela atual condiçao delas, no fim das contas elas são forçadas pelo nosso sistema capitalista, o velho par de opotos, a tal da oferta e procura. Tudo bem, trabalhem e cosumam os produtos e mercadorias, mas levar embutido alienação e ignorância, isso já é demais.
Vosso autor poderia aqui repetir aquelas velhas máximas que ele sabe que vão agradar, coisas do tipo: "a felicidade é como uma borboleta a procura de um jardim bem florido, não se deve correr atrás delas, mas deixar seu jardim bem bonito para que elas possam vir espontaneamnte!", não, eu não concordo com tudo isso, afinal a realidade não tem muito a ver com essas metáforas que só servem para maquear a realidade. Tudo isso pra dizer uma coisa: o paraíso é logo ali, e o inferno também, um guerreiro de verdade está tao bem preparado para um quanto para o outro. Ei, uma última coisinha, que pode parecer conselho de livro de auto-ajuda, mas que somente tem a pretensao de ser útil de alguma forma: quando estiver no paraíso, lembre-se de suas várias estadias no inferno, e o contrário também é muito válido, ao visitar seus demônios no inferno, lembre-se muito bem das suas viagens ao paraíso, isso te dará forças para romper qualquer barreira feita por aqueles malditos. E tenho dito. FODA-SE. Até a próxima.
Por Fabio Silva.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

A Confissão


Confissões de Um Terapeuta
Vânia Crelier

 Eu, terapeuta, confesso.
(entre três paredes e uma janela de verde)
que ando cheia de perguntas
sem respostas.

 Eu, terapeuta, confesso.
que as vezes fico cansada
quero apenas deitar ao sol
ou namorar a lua.

Mas, as vezes, estou aberta
À procura de quem venha.

Que venham então os infelizes
os chorosos, os perdidos. Ou aqueles desencontrados
(com certa vontade de se encontrar ).

Que me procure os “sadios”.
(cuja a vida  se esvai entre os dedos).
Ou aqueles carregados de doenças
(que nem sabem que provocam).

Que me procurem os loucos
(mas antes digam:
que é loucura?..
que muitas vezes não sei!).

 Eu, terapeuta, confesso.
Que foi vivendo a loucura,
Entre os gritos de desespero
que descobri a vida.

Que me procurem os fingidos
que brincam de nunca ser ....
Ou aqueles que querem ser ......
E não podem.

Eu, terapeuta, confesso.
Que me vejo artista,
pinto quadros de alma
(inclusive  a minha).

Eu, terapeuta, confesso.
Que cometi pecados...
Tantos.
E foi pecando tanto
que aprendi.

Eu, terapeuta, confesso.
Que gostaria de ter
sua receita de vida,
quando você chegasse.

TUDO PRONTO!

Mas, confesso que não tenho.
Nunca acerto na medida,
por mais que olhe a cozinheira 
só aprendo ...
fazendo.

Eu, terapeuta, confesso,
que não sei o que é loucura 
( se escapei de ser internada, foi sorte!).

Por isso,
você que é louco
(ou lhe dizem, ou você acha ...)
cuidado!
Estar louco pode estar sendo
sua única possibilidade
de estar vivo!

Ou você que esta certo
de que tudo anda nos eixos,
tua vida nos trilhos certos,
cuidado!
Você pode estar morto
e nem sabe! 

Referência Bibliográfica : http://www.psicoexistencial.com.br/web/detalhes.asp?cod_menu=107&cod_tbl_texto=2106

domingo, 10 de outubro de 2010

Uma dose de poesia por favor! [3]

 Singela homenagem a minha amiga cearense, que transborda emoção e sentimento nesse poema. Sabe quando você tem certeza que uma coisa é realmente boa? É quando você fica com aquela sensação de que queria ter feito aquilo mas não pensou nisso antes. Foi assim que me senti ao ler esse poema, fiquei emocionado e com a sensação mesquinha e egoísta de ter escrito o poema. Portanto, voltando a realidade, como disse a pouco, o poema é de autoria de Dábylla Gomes, minha (sem adjetivos para lhe contemplar), espero que gostem!
P.S. Depois vc deposita o combinado na minha conta, ok??? Hahahahhahahahahah
 
Sinto ciúmes de tudo que te cerca...
Dábylla Gomes

Do vento que em teus cabelos toca
Da roupa que cobre tua pele
Do calçado que protege teus pés
Do aroma que perfuma teu corpo
Da água que mata tua sede
Do olhar que nao diriges a mim...


Das pessoas que te rodeiam
Do amigo que tu abraças
Dos lábios que te beijam
Da mão que te afaga
Do passado que me escondes
Do futuro que me excluis...
Dos teus pensamentos (que não estão em mim)
Do ar que tu respiras...
DE TUDO!


Te quero só minha. MINHA!
Te quero nua
(Despido das impurezas do mundo)
Quero ser teu dono e teu escravo...
Quero te por numa redoma
Admirada por todos...
Possuída por mim!

sábado, 9 de outubro de 2010

Overdose de risos, não se engane, não é felicidade.

Só os forte conseguem rir de suas próprias desgraças, e não se engane,eles não são e nem estão bancando de idiota ou esquizofrênico, é nessas horas que aquela frase faz muito sentido: "A vida é uma tragédia pra quem sente e uma comédia pra quem pensa". Se eu soubesse o autor da célebre frase eu daria os créditos a ele, como não sei, vai ficar por isso mesmo. O sujeito que a toda desgraça que lhe acomete ficar sentindo todas as dores em carne viva, sucumbirá rapidamente, se enfraquecerá, e muito em breve estará aniquilado, não pelos males da vida, mas por obra dele mesmo. Ao invés dessa atitude patética e medíocre, o sujeito procurar ver as coisas por outro ângulo, ou seja, conseguir ver humor e ironia no destino que lhe assola, ele verá que a vida é uma puta num bordel dançando num poste, pra caras bêbados-casados-perdidos-alienados, ou seja, não tem sentido nenhum, a não ser o sentido que damos a ela. Tenha em mente, todas as pessoas que amamos vai nos magoar algum dia, mais cedo ou mais tarde, talvez mais severamente ou mais levemente, mas isso ocorrerá. Não existe perfeiçao nessa vida, os homens se corrompem, se vendem a preço miseráveis, jogam a mulher de seus filhos pros cães, e seus filhos pela janela do oitavo andar, sem remorso, sem culpa, sem consciência "pesada", nada disso, e os velhinhos que assistem ao noticiário nacional, espantados se perguntam como um ser humano é capaz de tais atrocidades. A noite, eles velhinhos oram para o seu deus, que ele "de jeito" nesses homens, que ele mesmo criou, para amarem e serem amados. Hahahahahahahhahahahahah, hhuhuhuhuhuhuhuhu,hoohohohohoho, aia aii, me falta fôlego pra rir diante de tanta hipocrisia, mediocridade, corrupçao, enfim, o normal do ser humano é isso mesmo, trair, matar, roubar, maltratar, e quando os velhinhos se perguntarem o que está acontecendo com a humanidade, responderei a eles: A humanidade é essa mesma meu caros, essa mesma que lhe arregalam os olhos, não há nada de anormal nessas atitudes pois, as regras, normas, leis, tudo isso só serve pra atenuar, reprimir nossos impulsos mais cruéis. Até que um dia tudo isso vem à tona, e nos temos que nos haver com isso. Abraço e até a proxima
Por Fabio Silva.

domingo, 3 de outubro de 2010

Dedidê II

Sentado ao chão do seu quarto desarrumado, livros por sobre a cama, algumas canetas e papéis ao chão. É uma tarde de domingo, a primavera ainda é uma criança, ele pode sentir o cheiro das flores dos cafezais que sinalizam que no próximo ano a colheita será produtiva e não faltará trabalho pros homens daquela cidade. O garoto tenta se concentrar na leitura daquele texto que foi escrito há mais de cem anos atrás, tenta captar a mensagem que aquelas palavras trazem, ouvir o que tais palavras tem a dizer sobre elas mesmas. Porta fechada, janela aberta, sua mente vagueia pra muito longe dali, já não está mais em seu mísero quarto, já transcendeu as paredes e rompeu os limites do tempo e do espaço. Sua mente passei por lugares escuros, concebe possibilidades, considera possíveis ideias, tenta decifrir códigos, palavras e se sobrar energia decifrar seus próprios sentimentos, pra talvez um dia fazer isso em benefício de outrem. O garoto pensa, e isso é melhor do que nada. Enquanto outros são programados pela programaçao alienadora da televisão aberta, ele se dedica a ler sobre personagens do século passado, dos quais sua história de vida e idéias muito tem a ver com suas próprias. Meu caro, existir lhe custa muito esforço racional, lhe custa muita energia, malhando a ferro em brasa, não cessa um instante, mesmo dormindo ele vagueia, nao sabe muito bem por onde, mas vagueia. Faz isso na tentativa de encontrar algum semelhante, alguma alma que sangre da mesma forma que ele. Sente dor, sente desespero, angústia, raiva e frustração, tudo junto, ao mesmo tempo, em doses magistrais. Demônios, velhos demônios sempre voltam a lhe assombrar, sussurrando ao seu ouvido coisas miseráveis. O paraíso é logo ali, o inferno também. Eu falo daquele ao qual os demônios nunca largaram, mas que no fim verá que deve muito a eles. Um ronco estranho, ah, é o estômago reclamando por comida e o corpo por energia, afinal, pensar lhe custa muita energia, muita. O garoto se levanta, organiza os livros e os papéis, vai ate a cozinha e apanha algo pra cessar sua fome, mas há uma coisa que parece nao cessar nunca - pensar - isso sim nao cessa nunca, nunca.
Por Fabio Silva.

Jobim


Wave

Composição: Tom Jobim 

Vou te contar
Os olhos já não podem ver
Coisas que só o coração pode entender
Fundamental é mesmo o amor
É impossível ser feliz sozinho...

O resto é mar
É tudo que não sei contar
São coisas lindas que eu tenho pra te dar
Vem de mansinho à brisa e me diz
É impossível ser feliz sozinho...

Da primeira vez era a cidade
Da segunda o cais e a eternidade...

Agora eu já sei
Da onda que se ergueu no mar
E das estrelas que esquecemos de contar
O amor se deixa surpreender
Enquanto a noite vem nos envolver...
Vou te contar...

terça-feira, 28 de setembro de 2010

Bicho de se7e kbças



 Veja esse filme!!!


"É preciso fingir. Quem é que não finge neste mundo, quem? É preciso dizer que tá bem disposto, que não tá com fome... É preciso dizer que não tá com dor de dente, que não tá com medo... Senão, não dá, não dá. Nenhum médico jamais me disse que a fome e a pobreza podem levar a um distúrbio mental. Mas quem não come fica nervoso, quem não come... E vê seus parentes sem comer pode chegar à loucura. Um desgosto pode levar à loucura, uma morte na família... O abandono do grande amor. A gente até precisa fingir que é louco sendo louco... Fingir que é poeta sendo poeta."

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Dedidê



Delírios, estão sentados no banco ao pé e à sombra daquele velho abacateiro, sentados estão lado a lado, a criança e o ancião. Neto e avó, este primeiro faz um comentário depois de ver o avó com o queixo afundando no peito, os ombros caidos, com os braços estendidos e as mãos sobre as coxas:
- Vovô, hoje li num livro lá na escola que certa vez, há muito tempo, ouve um deus, eu nao sei bem o que é um deus, mas a professora falou que é alguém que ama e cuida de todos nós. Então, no livro tinha uma frase que dizia: deus amou os pássaros e criou árvores, o homem amou os pássaros e criou gaiolas. Daí, essa frase me fez pensar em coisas. (silencio) Vovô, por que tudo aquilo que o homem ama ele quer só pra si, não divide com os outros, é sempre egoísta e mesquinho? Hein vovô, por quê?
O velho apenas mantem sua postura, e continua olhando pro chao, como se fervilhasse velhas lembranças em sua velha máquina de pensar. O garoto começa a observar o lago em frente a casa, ve ao longe alguns patos que mergulham e depois voltam a superfície, parece uma família, a mãe e seus filhotes. O avô continua silencioso, pensativo.
- Ei, vovô, o senhor ja teve algum pássaro? Sim, daqueles que cantam bem alto, daqueles que cantam tao bonito apesar de estar preso numa gaiola sem ter feito mal nenhum. Seu único mal foi ter nascido com o dom de agradar a um certo homem, e esse homem aprisioná-lo em funçao desse amor. Hein vovô, você ja teve um pássaro?
- Uma vez eu tive um meu filho, mas ao contrário de muitos, eu o tinha livre. Quer dizer, eu nao o tinha,era ele que me tinha, pois ele nao vivia numa gaiola, vivia livre. Sempre que eu estava na cozinha preparando o café da manhá,ele pousava na janela e começava a me observar, e de repente acompanhando o som do rádio ele começava a exercitar a sua dádiva, começava a cantar. Cantava bem alto e bem forte, entre um canto e outro, ele esticava suas asas, se exibia, se orgulhava de toda sua liberdade, de possuir asas e poder voar. Foi assim por muito tempo.Muito tempo.
- Poxa, que bacana vovô!!!
Depois desse discurso o velho se levanta com dificuldade, como quem ja se cansou de carregar por ai esse velho corpo, cheio de marcas e cicatrizes. Ele se dirige para o pequeno cais que há ali perto. A tarde aproxima do seu fim, o sol ja se enfraquece e tem apenas um tom alaranjado, melancólico e decadente, assim como aquele ancião, que agora observa o seu reflexo no espelho da água.
A mãe do garoto surge na janela da casa e grita:
-Meu filho, venha tomar seu banho, ja esta anoitecendo, se apresse que seu pai está por chegar!
O garoto da mais uma olhada na direçao do avô, e segue as ordens de sua mãe.
Sim, aquele homem ja teve um pássaro, mas ele havia mentindo pro garoto,ele fazia isso sempre, gostava de contar suas experiências, mas sempre dava um toque de romântismo e poesia pros seus discursos. O pássaro que ele teve tinha lindos olhos castanhos, cabelos longos, um sorriso apaixonante. Aquilo havia acontecido há muito tempo, muito tempo.
Por Fabio Silva.

domingo, 19 de setembro de 2010

O Músico e o Poeta


 
"Canção Amiga" é um poema no qual Drummond expressa o ideal de construir uma poesia capaz de despertar a consciência dos adultos e servir de canção de ninar para as crianças. "Canção Amiga" foi musicada por Milton Nascimento. A canção está no CD Clube da Esquina 2, EMI, 1978.

Canção Amiga
Milton Nascimento
Composição:Carlos Drummond De Andrade

Eu preparo uma canção
Em que minha mãe se reconheça
Todas as mães se reconheçam
E que fale como dois olhos
Caminho por uma rua
Que passa em muitos países
Se não me vêem, eu vejo
E saúdo velhos amigos
Eu distribuo segredos
Como quem ama ou sorri
No jeito mais natural
Dois caminhos se procuram
Minha vida, nossas vidas
Formam um só diamante
Aprendi novas palavras
E tornei outras mais belas
Eu preparo uma canção
Que faça acordar os homens
E adormecer as crianças
Eu preparo uma canção
Que faça acordar os homens



"A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca e que, esquivando-nos do sofrimento, perdemos também a felicidade."

(Carlos Drummond de Andrade)

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Jorge, Seu



Jorge Mário da Silva, mais conhecido como Seu Jorge, é um ator, cantor e compositor brasileiro de MPB, de samba e soul. Possuidor de uma voz sensacional, é um grande expoente da música brasileira, vale muito a pena conhecer seu trabalho e se emocionar com suas canções. Tá dado o recado.

Cuidar De Mim
  Seu Jorge

Minha cabeça bem confusa
Só de ver ela passar
Só de ver ela sem mim
Ainda usa a mesma blusa
Com o broche que eu lhe dei
Combinando com o colar

Eu fico imaginando coisas
Me pego imaginando coisas
Eu fico imaginando coisas
Me pego imaginando coisas

Lembranças de um tempo bom
Que a gente se amava em paz
Que pena que eu vacilei
Agora que não dá mais
Você não me deu perdão
Não tem problema
Espero que esteja bem
Feliz como eu fui feliz
O tempo é quem vai dizer
A vida quem quis assim
Não sou capaz de entender
Como saí de cena
Não dá pra mim
Eu vou voar
Melhor assim



sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Cartola (Angenor de Oliveira)


 O Mundo é um moinho
 Cartola

Ainda é cedo amor
Mal começaste a conhecer a vida
Já anuncias a hora da partida
Sem saber mesmo o rumo que irás tomar
Preste atenção querida
Embora saiba que estás resolvida
Em cada esquina cai um pouco a tua vida
Em pouco tempo não serás mais o que és
Ouça-me bem amor
Preste atenção, o mundo é um moinho
Vai triturar teus sonhos tão mesquinhos
Vai reduzir as ilusões à pó.
Preste atenção querida
De cada amor tu herdarás só o cinismo
Quando notares estás a beira do abismo
Abismo que cavastes com teus pés

Uma dose de poesia por favor! [2]

                            




                              Soneto de Fidelidade 
Vinicius de Moraes
De tudo ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim, quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa me dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure.


quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Uma dose de poesia por favor!




Bons ares

Abra a janela e afaste este oxigênio viciado.
Deixe que bons ares invadam seu coração.
Pra que tanto medo?
Não há uma só solução.

Lembra das coisas simples?
Não deixe o tempo apagar.
Os sorrisos que ofereceu
A quem tentou te matar

Vamos...
descontamine a alma
Transforme angustia em cor
Jogue essas caixas inúteis fora
Mastigue esta dor.

Não pense que eles dominaram o mundo.
Não este que a ti pertence
Reflita sobre o amor em sua mais pura essência
Venha com a gente.

Há um infinito inteiro de belas oportunidades ao seu aguardo.
Basta escolher o que lhe cabe viver.
Se desistir agora.
Então eles merecem vencer.

Vai dar este gostinho aos idiotas?

domingo, 5 de setembro de 2010

O dito cujo

Dirigível que inspirou o nome da maior banda de rock de todos os tempos, Led Zeppelin!